18/11/2024 | Por:
A morte ainda é um tabu. Na busca de refletir sobre este assunto – muitas vezes silenciado – e utilizando às culturas populares e às religiões de matrizes africanas, que o coreógrafo Márcio Fidélis e o diretor de teatro Guilherme Hunder criaram o espetáculo cênico musical infantojuvenil “INFINITO”. A obra, que fez pequena temporada de estreia em Salvador e já passou por Cachoeira, irá circular em novembro pelo interior da Bahia. A terceira parada é a cidade de Euclides da Cunha, com apresentação dia 18 de novembro, às 16h, no Teatro Antonieta Xavier Siqueira Santos (CETEP).
A montagem, que é uma produção da Márcio Fidélis Cia de Dança em parceria com o Cooxia Coletivo Teatral, tem a assistência coreográfica do bailarino Kenuu Alves, que também está em cena, ao lado de Alisson Farias, Filipe Maroto, Gabriela Pequeno, Jennie Costa, Kenuu Alves, Raijane Gama. A coreografia é conduzida pela narrativa do personagem Tayó, um menino muito ligado à avó, que transcende para um outro plano. A morte de quem tanto o acarinhou, o entristece, a perda daquela que era colo e acolhimento.
INFINITO é uma coreografia que se inspira nos folguedos da cultura popular baiana para abordar o tema da morte de forma sensível, poética e com referências às manifestações da cultura popular e afrodiaspóricas. Algumas destas, levam às ruas diferentes formas e narrativas de lidar com a morte, como por exemplo, os Mandus, Os Zambiapungas e as Careta do Mingal, com referências ainda ao Nego Fugido do Acupe.
INFINITO tem uma trilha sonora inédita criada por Felipe Pires e música original assinada por Ray Gouveia. Embora o espetáculo tenha a dança como eixo central, é, na verdade, uma performance transversal que integra teatro, artes visuais, música e uma rica presença da cultura popular. A dramaturgia criada pela multiartista Mônica Santana se inspira ainda em alguns contos yorubás. Uma delas é a dança da travessia, conectando-se às lendas da yabá Iansã, da mitologia yorubá-nagô.
Formação e Fruição
O projeto irá realizará ainda, antes das apresentações, a “Oficina de Danças Populares Afrodiásporicas da Bahia para Crianças”, para um público entre 07 e 12 anos, com condução do coreógrafo Márcio Fidélis, que fará uma introdução lúdica às danças tradicionais brasileiras, mais especificamente que possuem trajetória na Bahia, como Zambiapunga, Mandus, Caretas do Mingau, Capa Bode, Nego Fugido, Congadas e Reisados. Em Euclides da Cunha, no dia 18 de novembro, ocorrerá na Praça CÉU, das 09h às 11h.
Fonte: euclidesdacunha.com
Sitio Santa Tereza, S/N BR110/Sul
a Ribeira do Pombal/Bahia